De repente eu vim.
E da aurora virginal
Até o cume banal,
Do aceno da dor
Do orbe mirim
Da irrazão animal
Um trépido terror
Quando me vi vestido
Da linguagem
Uma ânsia de amor
De um peito partido
Eu herdava da linhagem
Um coro de costumes
Que me tirava a inocência
E agora a demência
Tinha cronômetro
Inserido
Mas deixei minha marca
Uma mancha incolor
Sem graça e odor
E para o espanto
De todos que viram
O meu espectro
Uma vida, um espanto
Imperceptível
Em graça e torpor
Talvez tenha morrido santo.
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